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O futuro da RV e as gerações mais jovens

"Os jogos não tornam as pessoas mais violentas, mas podem fazer com que as crianças se tornem insensíveis à agressão." Uma entrevista com a especialista do setor Daniela Branco

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8 MINS READ

Virtual Reality Experience

DATE

AUGUST 1, 2023

AUTHOR

World of Us
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Durante a pesquisa para um artigo aprofundado sobre o impacto da realidade virtual no acesso e na compreensão da empatia pelas futuras gerações em desenvolvimento, a equipe da WoU conversou com a especialista em consultoria do setor de jogos e psicanalista Daniela Branco.

WOU: Olá, Daniela, antes de começarmos, você poderia me contar um pouco sobre você e sua formação?

DANIELA: Sempre gostei de ouvir histórias! Quando eu era jovem, trabalhei em uma produção de elenco focada em encontrar histórias reais. Aprendi que, ao ouvir outras pessoas, aprendi muito sobre mim mesma e acho isso reconfortante.

Esse trabalho audiovisual me levou a descobrir o universo dos esportes eletrônicos no Brasil. Em 2014, comecei a trabalhar em uma organização brasileira, o clube de esportes eletrônicos INTZ. Passei quase uma década nesse setor trabalhando com os principais players do mercado, conheci muitos jogadores profissionais, influenciadores, construí projetos incríveis e prestei consultoria para grandes marcas e agências de publicidade.

Paralelamente, meu primeiro contato com a terapia aconteceu quando eu tinha 14 anos de idade. Aos 27, fui entender a psicanálise e me deitei em um divã. Eu estava experimentando os efeitos da psicanálise em mim mesmo e estava adorando! Então, comecei a estudá-la como hobby em 2010, além de uma série de outras práticas de terapias alternativas. Sou uma pessoa que vive um estilo de vida de corpo, mente e alma desde que me lembro.

Em 2020, decidi transformar meu hobby em uma profissão. Entrei em um curso de pós-graduação com especialização em teoria lacaniana, participei de vários grupos de estudos freudianos, além de um grupo de supervisão e comecei a atender em fevereiro de 2021.

Também sou mãe de dois rapazes simpáticos, um de 18 anos e outro de 14 anos, e vivenciei a entrada avassaladora da tecnologia em casa, na escola, em nossas vidas, de forma empírica. Fiquei preocupada, como qualquer pai ficaria, e é uma grande alegria para mim relacionar todos esses assuntos para ajudar meus colegas pais em todo o mundo e tentar contribuir para melhores conexões e relacionamentos entre ...